"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." (Jean Piaget)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Eu, meus alunos e a tal informática.

Diante da dinâmica política, econômica e social promovida pela globalização, a busca incessante pela informação, impregnou a sociedade civil. A rapidez das notícias,as exigências do mercado competitivo e o encantamento diante da possibilidade de circular numa rede de informações atuais e diversificada tem formado uma geração virtual e a escola é envolvida nesse contexto ,por comportar uma maciça parcela dessa efervescente sociedade. Logo se faz necessário que lance mãos desse recurso para auxiliar naquilo que se propõe... educar.
Não temos como contestar que o universo tecnológico invadiu todas as áreas sociais, inclusive as salas de aula mesmo nas comunidades mais distantes dos pólos urbanos. Na linguagem, nas relações sociais e até mesmo as relações afetivas são notórias o domínio da informatização. Em face do contexto atual os Parâmetros Curriculares Nacionais defende o uso da informática em sala de aula: “As competências e habilidades a serem desenvolvidas em informática são:Representação e comunicação,reconhecendo
a informática como ferramenta para novas estratégias de aprendizagem,capaz de contribuir de forma significativa para o processo de construção do conhecimento,nas diversas áreas.” (p.121)
A introdução da informática no ensino proporciona a união das teorias e das práticas, onde o aluno se torna agente ativo da construção do próprio conhecimento, porém, a informática deve ser vista como um elemento na contribuição da aprendizagem e não detentora da educação.È um recurso a mais.
No inicio desacreditei da possibilidade de unir a tecnologia inevitável e crescente com os conteúdos programáticos, principalmente na Educação Infantil. Descrente ,aceitei passivamente a proposta da escola, qual trabalhava, de implantar informática como mais uma atividade extra,já que cada turma teria seu momento com um professor específico.Acreditava se tratar de mais uma jogada de marketing da escola para competir de igual para igual com as outras do bairro .Talvez a intenção fosse essa ,porém fiquei surpresa com os resultados!
Nas primeiras semanas a professora de informática, alguém comprometida com a educação, apesar de ter formação técnica,me procurou para ver quais eram os conteúdos que estava trabalhando durante a unidade,a partir das informações ,ela planejou suas aulas.Depois das primeiras aulas pude ver a felicidade e o encantamento dos pequenos internautas ao descobrirem que o que aprendiam na sala estava vinculados ao que eles mais gostavam,como também era necessário o domínio do conteúdo para o melhor desempenho nas aulas de informática.
E eu totalmente avessa a qualquer contato por menor que fosse com o computador, fui
contagiada por eles.Tive que me inteirar dos fatos para poder entender e tornar minhas aulas mais atrativa e pude trabalhar as dificuldades que surgiam, que eram facilmente detectada nas aulas de informática por estarem a vontade,num momento de descontração. A professora de Informática tinha o cuidado de me informar sobre as dificuldades dos alunos, isso foi de grande ajuda. A coordenação motora fina foi bastante trabalhada, o apertar das teclas, o manusear do mouse(que não é tarefa fácil,ao menos para mim) ,a percepção visual e auditivas através de cd-roons, muitas vezes trazidos pelos próprios alunos, pois todos queriam participar.Até mesmo a oralidade melhorou.Os mais retraídos ficavam a vontade ao comentar o que aprenderam de novo e como realizaram as tarefas, até mesmo os pais ficaram impressionados com o interesse e euforia das crianças.E realmente eles tinham desenvoltura com a máquina,mesmo aqueles que estavam tendo oportunidade de ter o primeiro contato.
Para proximá-los mais da nova tecnologia, a direção decidiu que as atividade escritas, antes mimeografadas ou xerocopiadas, passassem a ser digitadas com todos os recursos visuais que só o computador dá. Em determinada ocasião surgiu a questão de como as atividades eram feitas. Levei-os à sala de informática e mostrei todo o procedimento. Resultado...euforia total !Passaram a ter um zelo especial às tarefas que geralmente eram estampadas com os seus personagens favoritos como Moranguinho,Chaves,Turma da Mônica,Hello Kit, entre outros.
Através de fatos como estes, revejo sempre a minha prática e foi justamente por essa inquietude que resolvi me aventurar na graduação.Portanto vi, na prática, a necessidade adequação ao novo (que é eminente e extremamente rápido) para falar a mesma língua dos alunos,a fim de tornar as aulas interessante dando significado ao que aprendem.
Carina Gomes


Referências Bibliográficas

MERCADO,Luís Paulo Leopoldo.Novas tecnologias:Reflexões sobre a prática.ed.Ufal


PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL/Ministério da Educação Secretaria de Educação Fundamental.  Brasília:MEC/SEF,2001.

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